segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Quack, quack!

Neste ano, acontece a Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, cujo tema selecionado novamente foi “O lugar onde vivo”. Cada turma tem um determinado gênero textual a ser contemplado nessa proposta: 5º. E 6º. Ano – poesia; 7º. E 8º. Ano Memória literária; 9º. Ano Crônica. 
A crônica da aluna Laica Rahn do 9º ano foi  uma das classificadas na etapa municipal. Segue abaixo a crônica da aluna:

Quack, quack!

            Lá vem o pato, pata aqui, pata acolá; lá vem o pato para ver o que é que há! Lá vem pato, meu irmão, recém saído do forno... Ele é um pato, agora assado! Está quentinho ainda; como já disse, acabou de sair do forno. Hoje é domingo e o almoço será meu amigo, com alguns acompanhamentos: o aipim, a batata e o repolho.
           
Talvez vocês ainda não saibam, mas o pato assado é um prato típico da minha cidade: Pomerode. Aqui, nas famílias mais típicas, o pato é o prato oficial dos domingos, acompanhado de muito mais coisas além do aipim, da batata e do repolho.
            Aqui na minha casa existem muitos outros animais, não apenas patos como eu... Isso porque aqui produzimos praticamente tudo o que comemos! Como você já deve ter percebido, minha família de criação é tipicamente pomerodense, e moramos no interior.
            Em Pomerode também existe um festival, não somente para o pato assado, mas sim para expor todos os pratos típicos da cidade: o festival gastronômico. No local são servidos aos visitantes pratos como Eisbein, Strudel e codorna recheada. O evento acontece anualmente no mês de julho, no Parque Municipal de Eventos da cidade. Além deste, há também outros eventos bastante conhecidos, a Festa Pomerana, por exemplo!
            Agora que me lembrei, já devem estar fatiando o meu amigo! Só lamento... Ou não.
            Como eu ia dizendo, na nossa cultura existem vários pratos típicos. O Eisbein, que é o joelho de porco, geralmente vem acompanhado por chucrute e/ou aipim. A codorna recheada, que é assada no forno, tem recheio feito a partir de seus órgãos e outras iguarias... Eu também venho recheado, igual à codorna, porém acompanhado de molho.
            Aqui em casa todas as comidas devem ser muito gostosas, porque cheiram tão bem... A Oma Nadir deve caprichar! Todos os dias as refeições são diferentes; um dia é pato, no outro codorna, no outro carne de panela com nhoque... É sempre assim. Pena que não ganho nada!
            Agora meu amigo está sendo devorado, e, por mais que eu gostasse dele, admito que o cheiro está delicioso! Infelizmente, nada sobrará pra mim, já que a carne acabou... Ah, sim, esse sou eu amanhã!
            É, provavelmente serei o almoço do próximo domingo, talvez por ser o maior da criação... É, lá vem o Opa Joaquim com sua faca, em minha direção. Torço pra Oma caprichar muito no meu preparo!

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