quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lembranças do passado


Em pouco tempo a Sra. Rovena Siewert começou a contar como tudo era diferente em sua época, das saudades e momentos inesquecíveis que viveu em todos os anos de sua vida.
“Adoro relembrar minha infância e juventude. Na escola, já usávamos uniforme, que era blusa branca e uma saia azul marinho para as meninas, e para os meninos uma calça também azul. Não ganhávamos merenda, e as mochilas eram sacolas. Nós íamos a pé e descalços, o que era péssimo nos dias de chuva, pois havia muita lama.
A cidade era pequena, quase não existia. Nela só havia mercados, queijarias e açougues. Só existiam carroças e bicicletas; no lugar de pontes, havia pinguelas. As carroças passavam dentro do rio. Existia apenas um farmacêutico e um dentista. As pessoas iam mais à igreja, e a palavra de Deus era mais respeitada.
Nós usávamos roupas simples, e nos pés usávamos tamancos de madeira. As casas eram em estilo enxaimel e algumas de madeira. Quase todas as pessoas falavam alemão. A prefeitura era pequena e simples.
Desde pequena ajudei meus pais na roça, de onde tiravam o sustento, junto dos porcos, do leite, das vacas e da troca de produtos.
Os casamentos começavam às 9 horas da manhã de sábado até domingo de madrugada. Eram comemorados em casa. No café da manhã comíamos pão e cuca. Para o almoço eram servidos galinha assada, batatas, arroz, aipim e palmito. O que sobrava, era servido no jantar.
A minha Pomerode cresceu e ficou mais populosa. Hoje me sinto perdida em meio a tanta tecnologia. Antigamente me divertia muito, corria na rua com meus amigos, andava descalça no barro, e hoje em dia as crianças não podem fazer nada disso.
Apesar de ter que carregar a bicicleta nos dias de chuva, e outras dificuldades que existiam, prefiro a cidade de antigamente, pois havia mais tranquilidade, não havia tantos ladrões, e podíamos brincar sem preocupação.
E por aqui fica a saudade da minha antiga Pomerode, que agora está transformada e  me deixa preocupada. O que será do futuro que está para chegar?”
Quando releio estas memórias, me imagino no lugar da Sra. Rovena. Assim, minha imaginação corre solta, como a de uma criança.
Texto escrito com base no relato da Sra. Rovena Siewert de 75 anos.


Aluna Ketlen Naiara Klebber

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