segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nos tempos de antigamente

Será que os tempos de antigamente eram diferentes dos tempos de hoje? Isso é o que conta o Sr. Edilson Falk, de 54 anos, na época caminhoneiro, hoje motorista de ônibus. Ele foi falando sobre a sua vida, como foi seu casamento e principalmente, de como os tempos mudaram.
“Nasci no dia 10 de outubro de 1957, na cidade de Gustavo Richardt (atual Presidente Getúlio – SC), mas logo me mudei com meus pais, hoje falecidos, com meus irmãos e minha irmã para a cidade de Pomerode (na época era Blumenau), aqui nasceram mais quatro irmãos.
Estudei na EBM Almirante Barroso, existente até hoje, localizada no bairro Testo Rega. As escolas de antigamente funcionavam em casas comunitárias ou igrejas, não havia muito material escolar para ser usado. Já o uniforme, também obrigatório, era diferente dos meninos e meninas. Os meninos usavam calça branca e short azul e as meninas blusa branca e saia azul comprida.
No ano de 1975, eu já era caminhoneiro e em 1977 conheci a Dona Marlise Falk, com a qual sou casado até hoje. Casamos-nos no dia 16 de junho de 1979, a mesma data do aniversário dela, na Igreja Evangélica de Rio do Testo.
Antigamente, quando convidávamos as pessoas para o casamento, elas ajudavam doando comida. Na sexta-feira à noite começava a preparação com os vizinhos e amigos ajudando a matar os animais. Sábado de manhã bem cedo era feita a decoração e finalmente à tarde começava a cerimônia e a festa que durava até domingo de manhã.
Na cidade de Pomerode, antigamente, havia poucas pessoas com energia elétrica, não havia pavimentação, a cidade era muito calma, poucas casas e até mesmo poucas fábricas, apenas algumas serrarrias. O meio de transporte também era muito diferente, no lugar de carros e ônibus utilizávamos carroças e carros de mola. Comíamos o que plantávamos, comprando apenas o necessário. Havia pequenas casas de comércio, que vendiam de tudo: ferramentas, comidas e utensílios, pois quase não existiam lojas de eletrodomésticos. Para animar, havia pequenas bandas que tocavam sanfona, acordeão, entre outros instrumentos.
Na adolescência, já trabalhávamos e quando completei o ensino médio, comecei a trabalhar em algumas pequenas fábricas, mas carteira assinada, só alguns anos depois, como caminhoneiro.
Para mim tudo mudou, carros e ônibus substituindo carroças, mais facilidade, pois antigamente era tudo longe, hoje existe mais tecnologia. Às vezes até me sinto perdido, e dificilmente saio para passear.”
O Sr. Edilson tem orgulho de dizer que hoje, depois de 33 anos, ainda é casado com Dona Marlise, sendo pai de três filhos e avô de quatro netos. Hoje leva uma vida diferente nesse ambiente mais movimentado e maior. Desde criança acompanhando o crescimento dessa cidade: a bela Pomerode.

Nome: Sabrina Aline Barcelo



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