Será que os tempos de antigamente
eram diferentes dos tempos de hoje? Isso é o que conta o Sr. Edilson Falk, de
54 anos, na época caminhoneiro, hoje motorista de ônibus. Ele foi falando sobre
a sua vida, como foi seu casamento e principalmente, de como os tempos mudaram.
“Nasci no dia 10 de outubro de
1957, na cidade de Gustavo Richardt (atual Presidente Getúlio – SC), mas logo
me mudei com meus pais, hoje falecidos, com meus irmãos e minha irmã para a
cidade de Pomerode (na época era Blumenau), aqui nasceram mais quatro irmãos.
Estudei na EBM Almirante Barroso,
existente até hoje, localizada no bairro Testo Rega. As escolas de antigamente
funcionavam em casas comunitárias ou igrejas, não havia muito material escolar
para ser usado. Já o uniforme, também obrigatório, era diferente dos meninos e
meninas. Os meninos usavam calça branca e short azul e as meninas blusa branca
e saia azul comprida.
No ano de 1975, eu já era
caminhoneiro e em 1977 conheci a Dona Marlise Falk, com a qual sou casado até
hoje. Casamos-nos no dia 16 de junho de 1979, a mesma data do aniversário dela,
na Igreja Evangélica de Rio do Testo.
Antigamente, quando convidávamos
as pessoas para o casamento, elas ajudavam doando comida. Na sexta-feira à
noite começava a preparação com os vizinhos e amigos ajudando a matar os
animais. Sábado de manhã bem cedo era feita a decoração e finalmente à tarde
começava a cerimônia e a festa que durava até domingo de manhã.
Na cidade de Pomerode,
antigamente, havia poucas pessoas com energia elétrica, não havia pavimentação,
a cidade era muito calma, poucas casas e até mesmo poucas fábricas, apenas
algumas serrarrias. O meio de transporte também era muito diferente, no lugar
de carros e ônibus utilizávamos carroças e carros de mola. Comíamos o que
plantávamos, comprando apenas o necessário. Havia pequenas casas de comércio,
que vendiam de tudo: ferramentas, comidas e utensílios, pois quase não existiam
lojas de eletrodomésticos. Para animar, havia pequenas bandas que tocavam
sanfona, acordeão, entre outros instrumentos.
Na adolescência, já trabalhávamos
e quando completei o ensino médio, comecei a trabalhar em algumas pequenas
fábricas, mas carteira assinada, só alguns anos depois, como caminhoneiro.
Para mim tudo mudou, carros e
ônibus substituindo carroças, mais facilidade, pois antigamente era tudo longe,
hoje existe mais tecnologia. Às vezes até me sinto perdido, e dificilmente saio
para passear.”
O Sr. Edilson tem orgulho de
dizer que hoje, depois de 33 anos, ainda é casado com Dona Marlise, sendo pai
de três filhos e avô de quatro netos. Hoje leva uma vida diferente nesse ambiente
mais movimentado e maior. Desde criança acompanhando o crescimento dessa
cidade: a bela Pomerode.
Nome: Sabrina
Aline Barcelo
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