João Pedro Tambosi se reuniu com
alguns dos seus amigos, criaram e testaram esse foguete e apresentaram o
projeto para o professor e para a turma. Todos ficaram impressionados com o que
eles apresentaram. “Eu achei muito interessante e legal a ideia de fazer um
foguete, até porque foram os meninos do 9º ano que fizeram e correram atrás do
que precisou, e toda sala foi apoiando sempre e ajudando quando eles foram
lançar. Eu achei muito legal também a participação do professor, que liberou
algumas partes das aulas dele para lançarmos o foguete e medir o quanto ele foi
e está avançando com o tempo. Enfim, tudo foi muito divertido.”, conta Julia
Krüger, aluna do 9º ano.
“A inspiração inicial veio em uma
tarde comum de abril, enquanto pesquisava um pouco mais a respeito da MoBFog
(Mostra Brasileira de Foguetes). Depois de trocar uma boa ideia com o professor
Marcos Wegher, apresentando as ideias, dificuldades e propostas, decidimos eu e
alguns amigos começar a elaboração do foguete. Obviamente esse não foi, e não
está sendo, um processo fácil – muito menos barato! A base de lançamento foi a
primeira preocupação: comprar o material, montar toda a estrutura, transportar
e fazer os testes e ajustes. Esse último, por sua vez, é uma parte bastante
trabalhosa, pois exige bastante tempo e espaço. Esse foi um dos fatores que
atrasaram a construção do projeto, pois tínhamos que fazer os testes durante as
poucas aulas permitidas, fazer os ajustes – na maioria das vezes em casa mesmo
– e testar novamente. Esse é um ciclo bastante cansativo. Mas, claro, estamos
aprendendo e praticando um hobby muito divertido, por isso ainda não paramos.”,
relatou João, o idealizador do projeto.
Não pensem que criar esse foguete
foi algo fácil de se fazer, exigiu muito esforço e dedicação. João contou um
pouco sobre suas pesquisas, das ajudas que recebeu, e como foi o início de
tudo. “O foguete em si foi uma das partes mais estressantes de se projetar. Foi
necessária muita pesquisa e ajudas externas para encontrar o modelo ideal.
Utilizamos, para desenvolver os croquis, o programa “OpenRocket”, que apesar de
ser um programa iniciante, foi bastante produtivo. Ele, entretanto, não faz
tudo. Cálculos de pressão ideal, velocidade inicial, centro de pressão, centro
de massa, equilíbrio e angulação foram todos feitos por nós (com o auxílio do
professor regente do projeto).”
A construção exigiu muitas
pesquisas e muito estudo, para nada dar errado. Os materiais não são difíceis
de encontrar, e alguns, são até reutilizados. “O modelo atual é feito com uma
garrafa pet e aletas e coifa de plástico de pasta escolar, tudo preso com
bastante fita. Tentamos inclusive utilizar um foguete de duas garrafas, todavia
o excessivo peso necessário para manter a estabilidade no voo, combinada com a
insuficiência de pressão e combustível, corroboraram para a escolha de um
foguete de apenas uma garrafa”, nos contou João.
Os voos requerem muita atenção e
cuidado, porque qualquer mínima falha, pode fazer com que o voo dê errado. “A
ejeção do projétil é feita a base de pressão (bomba de encher pneu) e água, em
um movimento oblíquo. Tentamos também a base da reação entre ácido acético e
bicarbonato de sódio, porém exigiria uma estruturação diferente da base de
lançamento. O lançamento demonstra explicitamente a terceira Lei de Newton:
“Para toda ação há uma reação de mesma intensidade, mesma direção e em sentidos
opostos”; e o Princípio Fundamental da Dinâmica”, diz
João.
O foguete ainda não está
completamente pronto, toda semana são feitos ajustes para melhorar mais e mais
o foguete, e após os ajustes, sempre é feito um voo para ver o que ainda
precisa ser melhorado. “Achei muito importante para o desenvolvimento do
conhecimento e aplicação dos conhecimentos científicos da turma. Já tivemos
diversos projetos, mas nenhum que tivesse uma participação tão ativa da turma
toda, que vibra muito com cada lançamento do foguete. Me orgulha ver o
interesse e integração nesse projeto”, conta o professor Marcos Vinicius
Wegher.
Stefani Luana Siewerdt, 9º ano A
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